JORNAL PAROQUIAL DE PARAIPABA
BLOG DA PARÓQUIA SANTA RITA DE CÁSSIA - PARAIPABA/CE


INÍCIO

HISTÓRICO

PASTORAIS E MOVIMENTOS

AVISOS PAROQUIAIS

CONTATO

sábado, 23 de janeiro de 2016

Recordando a História das Aparições de Jesus Misericordioso a Santa Faustina (1905-1938) em seu Diário de Anotações

Em Meio a Dificuldades, Santa Faustina conseguiu cumprir com fé e devoção, o pedido de Jesus para Criar uma Pintura como sinal da representação de sua Imagem. As leituras a seguir são dividias em Trechos do Diário de Santa Faustina e breves comentários sobre os fatos ocorridos.

(O DIÁRIO de santa Irmã Faustina) Plock, Polônia “1931, dia 22 de fevereiro.

1. O Pedido de Jesus

"À noite, quando me encontrava na minha cela, vi Nosso Senhor vestido de branco. Uma das mãos erguida para a bênção, e a outra tocava-Lhe a túnica, sobre o peito. Da túnica entreaberta sobre o peito saíam dois grandes raios, um vermelho e o outro pálido. Em silêncio, eu contemplava o Senhor; a minha alma estava cheia de temor, mas também de grande alegria. Logo depois, Jesus me disse: Pinta uma Imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós. (...) Prometo que a alma que venerar esta Imagem não perecerá. Prometo também, já aqui na Terra, a vitória sobre os inimigos e, especialmente, na hora da morte. (...) Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia. Quero que essa Imagem, que pintarás com o pincel, seja benta solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia. Desejo que os sacerdotes anunciem essa Minha grande misericórdia para com as almas pecadoras. Que o pecador não tenha medo de se aproximar de Mim. (...) Uma vez, cansada dessas diversas dificuldades que tinha por causa de Jesus falar-me e exigir a pintura da Imagem, decidi firmemente, antes dos votos perpétous, pedir a Frei Andrasz que me dispensasse daquelas inspirações interiores e da obrigação de pintar a Imagem. Depois de me ouvir em confissão, Frei Andrasz deu-me esta resposta: Não dispenso a Irmã de nada e a Irmã não pode esquivar-se dessas inspirações interiores, mas a Irmã deve, necessariamente, relatar tudo ao confessor, sem falta, porque de outra forma a Irmã incorrerá em erro apesar dessas grandes graças de Deus. Neste Momento, a Irmã está se confessando comigo, mas saiba que devia ter um confessor permanente, isto é, um diretor espiritual. Fiquei imensamente preocupada com tudo isso. Pensei que me livraria de tudo e aconteceu o contrário: uma ordem explícita para atender às exigências de Jesus. E agora um novo tormento, de não ter um confessor permanente. (...) Contudo, a bondade de Jesus é infinita e Ele prometeu-me ajuda visível na Terra e recebi-a em breve em Vilna (Vilnius, Lituânia). Reconheci no padre Sopocko essa ajuda de Deus. Antes de chegar a Vilna, conheci-o por uma visão interior. Certo dia, vi-o na nossa capela entre o altar e o confessionário. Então ouvi uma voz na alma: Eis a tua ajuda visível na Terra. Ele te ajudará a cumprir a Minha vontade na Terra" (Diário, 47-53).

2. A Descrença com Amparo

Para Irmã Faustina, a tarefa imposta por Jesus Cristo era simplesmente irrealizável, visto que ela não possuía as aptidões plásticas necessárias para isso. Apesar disso, ela procurava ser obediente à vontade de Jesus e tentava pintar o quadro por conta própria, mas sem resultado. A insistência de Jesus Cristo para que ela realizasse essa tarefa, por um lado, e, por outro lado, a descrença dos confessores e dos superiores tornou-se para Irmã Faustina um grande sofrimento pessoal. Durante a sua estada em Plock (cerca de 3 anos), e depois em Varsóvia, ela continuou preocupada com a exigência não realizada de Jesus, tanto mais que lhe fez sentir como nos planos divinos era importante a tarefa que lhe estava confiando:
"De repente vi o Senhor, que me disse: Fica sabendo que, se negligenciares a tarefa da pintura dessa imagem e de toda a obra da misericórdia, serás responsável por um grande número de almas no dia do julgamento" (Diário, 154).

Após professar os votos perpétuos, no dia 25 de maio de 1933 a Irmã Faustina foi transferida à casa religiosa em Vilna, onde encontrou a ajuda que anteriormente lhe havia sido prometida – o confessor e diretor espiritual Pe. Sopocko, que empreendeu a tentativa de concretizar as exigências de Jesus Cristo:
"Levado mais pela curiosidade de ver que imagem seria essa do que pela crença na veracidade dessas visões, pedi ao pintor Eugênio Kazimirowski que pintasse esse quadro” (O Pe. Sopocko, Memórias).

3. A Obra em Construção

A imagem de Jesus Misericordioso surgiu numa atmosfera de presença divina – das vivências místicas da irmã Faustina. Esse apreciado e bem preparado pintor, ao pintar a imagem de Jesus Misericordioso renunciou à sua própria concepção artística para honestamente recriar na tela o que lhe relatava a irmã Faustina. Durante seis meses ela vinha ao ateliê do artista pelo menos uma vez por semana, a fim de lhe apontar complementações e as necessárias correções. Ela se esforçou por fazer com que a imagem de Jesus Misericordioso fosse exatamente igual à que lhe havia sido apresentada na visão. Da pintura da imagem participou ativamente o fundador da obra, o Pe. Sopocko, que a pedido do pintor posou vestido de alba. O período da pintura comum serviu de ocasião para uma interpretação mais profunda do conteúdo da imagem. As questões controvertidas eram decididas pelo próprio Jesus Cristo (D. 299; 326; 327; 344). Foi muito eloquente um diálogo de Irmã Faustina com Jesus Cristo a respeito do quadro pintado:
"...quando fui à casa daquele pintor que estava pintando a Imagem e vi que ela não era tão bela como é Jesus, figuei muito triste com isso, mas escondi essa mágoa no fundo do meu coração. (…) a Madre Superiora ficou na citade para resolver diversos assuntos e eu voltei para casa sozinha. Imediatamente dirigi-me à capela e chorei muito. Eu disse ao Senhor: Quem vos pintará tão belo como sois? Então ouvi estas palavras: O valor da imagem não está na beleza da tinta nem na habilidade do pintor, mas na Minha graça" (Diário, 313).

4. O Agradecimento de Jesus

Desse diálogo emana a sinceridade de uma pessoa agraciada com graça sobrenatural, que em suas vivências místicas via a beleza do Salvador ressuscitado. Por diversas vezes Jesus Cristo apareceu a irmã Faustina da forma como se encontra na imagem (D. 473; 500; 851; 1046; 1565) e também exigiu várias vezes que essa imagem fosse acessível ao culto público. Isso confirma que Jesus Cristo aceitou a imagem pintada no quadro - santificando-a com a Sua presença viva. Graças aos empenhos do Pe. Sopocko, a imagem do Salvador Misericordioso foi exposta na janela da galeria junto à capela de Nossa Senhora da Misericórdia em Ostra Brama, em Vilnius, e nos dias 26 e 28 de abril de 1935 pela primeira vez foi alvo de veneração pública, durante o solene encerramento do Jubileu dos 1900 anos da Redenção do Mundo. No último dia da solenidade, que era o primeiro domingo após a Páscoa, participou da celebração a irmã Faustina, e o sermão sobre a divina misericórdia foi pronunciado pelo pe. Sopocko, da forma como havia exigido Jesus Cristo.

"Por admirável desígnio tudo aconteceu como o Senhor havia exigido: a primeira honra que a Imagem recebeu das multidões - foi no primeiro Domingo depois da Páscoa. Durante três dias, ela ficou exposta publicamente e recebeu a honra dos fiéis, pois estava exposta em Ostra Brama (Ausros Vartai), na parte alta da janela e, por isso, podia ser vista de muito longe. Em Ostra Brama era comemorado solenemente, por esses três dias, o encerramento do Jubileu da Redenção do Mundo - os 1900 anos da Paixão do Salvador. Agora vejo que a obra da Redenção está ligada com a obra da misericórdia que o Senhor está exigindo" (Diário, 89).

5. A Conclusão com Alegria

"Quando a Imagem foi exposta, vi o braço de Jesus fazer um movimento e traçar um grande sinal da cruz. Nesse mesmo dia, (...) vi como essa Imagem pairava sobre uma cidade, e essa cidade estava coberta de fios e de redes. À medida que Jesus ia passando, cortava todas essas redes e, no fim, traçou um grande sinal da cruz e desapareceu...” (Diário, 416).

”Quando estava em Ostra Brama, durante as solenidades em que a Imagem foi exposta, assisti ao sermão, que foi pronunciado por meu confessor (M. Sopocko); o sermão tratava da misericórdia de Deus; era a primeira coisa que Jesus havia tanto tempo tinha exigido. Quando começou a falar sobre a grande misericórdia do Senhor, a Imagem tornou-se viva e os raios penetravam no coração das pessoas ali reunidas, embora não na mesma medida; uns recebiam mais, outros menos. Uma grande alegria inundou minha alma ao ver a graça de Deus” (Diário, 417).

”Quando estava se encerrando a celebração e o sacerdote segurou o Santíssimo Sacramento para dar a bênção, então vi Jesus tal como está pintado na Imagem. O Senhor deu a Sua bênção e os dois raios espalharam-se pelo mundo inteiro. Então, vi uma claridade impenetrável, sob a forma de uma casa de cristal, tecida de ondas de claridade inacessível a nenhuma criatura, nem espírito. A essa claridade conduziam três portas - e nesse momento Jesus, como aparece na Imagem, entrou nessa claridade pela segunda porta - no interior da Unidade” (Diário, 420).


Sobre a Santa:

Maria Faustyna Kowalska (Głogowiec, Łódź, 25 de agosto de 1905 — Cracóvia, 5 de outubro de 1938) foi uma freira e mística polaca. Atualmente é venerada como santa pela Igreja Católica, conhecida simplesmente por Santa Faustina. Apelidada por Jesus a Apóstola (Diário 1142) ou Secretária da Divina Misericórdia (965, 1160, 1275, 1605, 1693, 1784), é considerada pelos teólogos como fazendo parte de um grupo dos mais notáveis místicos da Cristianismo. Sua missão foi preparar o mundo para a segunda vinda de Cristo (429, 625, 635, 1155, 1732; cf. 848). Entrou para a vida religiosa em 1924 na Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia. Seu confessor, Beato Michał Sopoćko, exigiu de Santa Faustina que ela escrevesse as suas vivências em um diário espiritual. Este diário compõe-se de alguns cadernos. Desta forma, não por vontade própria, mas por exigência de seu confessor, ela deixou a descrição das suas vivências místicas, que ocupa algumas centenas de páginas. Faleceu em 5 de outubro de 1938. 

Em 18 de abril de 1993, João Paulo II declarou Maria Faustina Kowalska Beata diante de uma multidão de devotos da Divina Misericórdia que ocupavam a Praça de São Pedro em Roma. Foi canonizada em 30 de abril de 2000, pelas mãos do Papa João Paulo II, de quem também conseguiu a instituição da Festa da Divina Misericórdia. O Papa João Paulo II presidiu a cerimônia de canonização diante de uma multidão de peregrinos da Divina Misericórdia. Tanto a cerimônia que tornou Santa Faustina a primeira Santa canonizada no terceiro milênio quanto a cerimônia de beatificação foram realizadas no segundo domingo de Páscoa (o domingo seguinte ao domingo de Páscoa), dia que a Igreja Católica estabeleceu como Domingo da Divina Misericórdia.

Entre 1999 e 2002, foi construído o Santuário da Divina Misericórdia, consagrado em 2002 pelo Papa João Paulo II. A basílica do local abriga o túmulo de Santa Faustina Kowalska. Faustina não cumpriu apenas o pedido de Jesus para construir uma representação de sua imagem, mas tornou possível que sua história de vida se propagasse por todas as nações.



[PDF] Maria Faustina - Dados Bibliográficos e sua História com Jesus (Download)
[YOUTUBE] Filme Santa Irmã Faustina - DUBLADO COMPLETO (Assistir)
[WEB] Os 25 segredos da luta espiritual que Jesus revelou a Santa Faustina (Acessar)

Referências:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Faustina_Kowalska
http://chamadeamordemaria.blogspot.com.br/2012/05/as-aparicoes-de-nossa-senhora-e-jesus.html
http://identidademandacaru.blogspot.com.br/2015/10/santa-faustina-kowalska-05-de-outubro.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário