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sábado, 25 de abril de 2020

Maio de 2020: Confira a Proposta das duas Orações do Papa Francisco para o Mês Mariano

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Foto: Vatican News

REZAR COM SIMPLICIDADE

O Papa Francisco propõe a todos redescobrir no mês Mariano de maio, a beleza de rezar o Terço em casa: juntos ou sozinhos, o importante é levar em consideração "um segredo": a simplicidade.

"Queridos irmãos e irmãs, contemplar juntos a face de Cristo com o coração de Maria, nossa Mãe, nos tornará ainda mais unidos como família espiritual e nos ajudará a superar esta provação. Eu rezarei por vocês, especialmente pelos mais sofredores, e vocês, por favor, rezem por mim. Eu lhes agradeço e os abençoo de coração.", disse.

No dia 4 de Maio de 2019, o pontífice publicou no twitter, já motivando os cristãos a rezarem o terço com confiança: "A Mãe de Deus nos acompanha e protege os cristãos no combate contra as forças do mal. Confiemo-nos a Ela e rezemos pela Igreja e pela paz no mundo", afirmou. Nesse ano, novamente o pontífice publicou pelo twitter, na tarde de hoje, 25 de Abril, uma mensagem renovando seu pedido para rezarmos o Santo Terço em maio, com uma nova proposta de Oração.

PROPOSTA DE ORAÇÃO

A proposta do Papa Francisco a todos os fiéis, é para que rezemos juntos com ele, no final do Terço em maio, as duas orações que estão logo abaixo:

ORAÇÃO A MARIA (I)

Ó Maria,
Vós sempre resplandeceis sobre o nosso caminho
como um sinal de salvação e de esperança.
Confiamo-nos a Vós, Saúde dos Enfermos,
que permanecestes, junto da cruz, associada ao sofrimento de Jesus,
mantendo firme a vossa fé.
Vós, Salvação do Povo Romano,
sabeis do que precisamos
e temos a certeza de que nele providenciareis
para que, como em Caná da Galileia,
possa voltar a alegria e a festa
depois desta provação.
Ajudai-nos, Mãe do Divino Amor,
a conformar-nos com a vontade do Pai
e a fazer aquilo que nos disser Jesus,
que assumiu sobre Si as nossas enfermidades
e carregou as nossas dores
para nos levar, através da cruz,
à alegria da ressurreição. Amém.
À vossa proteção, recorremos, Santa Mãe de Deus;
não desprezeis as nossas súplicas na hora da prova
mas livrai-nos de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita.


ORAÇÃO A MARIA (II)

«À vossa proteção, recorremos, Santa Mãe de Deus».

Na dramática situação atual, carregada de sofrimentos e angústias que oprimem o mundo inteiro, recorremos a Vós, Mãe de Deus e nossa Mãe, refugiando-nos sob a vossa proteção.

Ó Virgem Maria, volvei para nós os vossos olhos misericordiosos nesta pandemia do coronavírus e confortai a quantos se sentem perdidos e choram pelos seus familiares mortos e, por vezes, sepultados duma maneira que fere a alma. Sustentai aqueles que estão angustiados por pessoas enfermas de quem não se podem aproximar, para impedir o contágio. Infundi confiança em quem vive ansioso com o futuro incerto e as consequências sobre a economia e o trabalho.

Mãe de Deus e nossa Mãe, alcançai-nos de Deus, Pai de misericórdia, que esta dura prova termine e volte um horizonte de esperança e paz. Como em Caná, intervinde junto do vosso Divino Filho, pedindo-lhe que conforte as famílias dos doentes e das vítimas e abra o seu coração à confiança.

Protegei os médicos, os enfermeiros, os agentes de saúde, os voluntários que, neste período de emergência, estão na vanguarda arriscando a própria vida para salvar outras vidas. Acompanhai a sua fadiga heroica e dai-lhes força, bondade e saúde.

Permanecei junto daqueles que assistem noite e dia os doentes, e dos sacerdotes que procuram ajudar e apoiar a todos, com solicitude pastoral e dedicação evangélica.

Virgem Santa, iluminai as mentes dos homens e mulheres de ciência, a fim de encontrarem as soluções justas para vencer este vírus.

Assisti os Responsáveis das nações, para que atuem com sabedoria, solicitude e generosidade, socorrendo aqueles que não têm o necessário para viver, programando soluções sociais e econômicas com clarividência e espírito de solidariedade.

Maria Santíssima tocai as consciências para que as somas enormes usadas para aumentar e aperfeiçoar os armamentos sejam, antes, destinadas a promover estudos adequados para prevenir catástrofes do gênero no futuro.

Mãe amadíssima, fazei crescer no mundo o sentido de pertença a uma única grande família, na certeza do vínculo que une a todos, para acudirmos, com espírito fraterno e solidário, a tanta pobreza e inúmeras situações de miséria. Encorajai a firmeza na fé, a perseverança no serviço, a constância na oração.

Ó Maria, Consoladora dos aflitos, abraçai todos os vossos filhos atribulados e alcançai-nos a graça que Deus intervenha com a sua mão onipotente para nos libertar desta terrível epidemia, de modo que a vida possa retomar com serenidade o seu curso normal.

Confiamo-nos a Vós, que resplandeceis sobre o nosso caminho como sinal de salvação e de esperança, ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria. Amém.

Fonte: http://www.vatican.va/content/francesco/pt/letters/2020/documents/papa-francesco_20200425_lettera-mesedimaggio.html


Para Baixar a Carta Pontifícia: Clique Aqui


Vídeo Oração do Papa Francisco para rezar pelo fim da pandemia


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sexta-feira, 24 de abril de 2020

CNBB: Vídeo Consagração do Brasil e América Latina a Nossa Senhora de Guadalupe 2020

Imagem CNBB, Secretaria Geral, Brasília, 05 de Abril de 2020

     No dia 12 de Abril foi transmitido ao-vivo às 14hrs, o vídeo 'Consagração da América Latina a Nossa Senhora'. A ação foi um pedido do CELAM (Conselho Episcopal Latino-Americano) a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), para que os fiéis do Brasil, em união com toda a Igreja, pudessem rezar e interceder a Nossa Senhora de Guadalupe (Padroeira da América Latina), pela superação desta pandemia que continua a afetar tantas vidas. A gravação foi publicada no canal de vídeos do Youtube 'CNBB Oficial' e compartilhada aqui, para que você possa também ter acesso a quantas vezes quiser. Logo abaixo se encontra o vídeo e em seguida a Oração de N. Sra. de Guadalupe de São João Paulo II...




abrir vídeo direto no youtube



Oração a Nossa Senhora de Guadalupe, de São João Paulo II, México, janeiro de 1979:

Oh, Virgem Imaculada,
Mãe do verdadeiro Deus e Mãe da igreja!
Tu, que desse lugar manifestas
tua clemência e tua compaixão
a todos que solicitam teu amparo,
escuta a oração que com filial confiança te dirigimos
e a apresente a teu filho Jesus,
nosso único Redentor.

Mãe de Misericórdia,
mestra do sacrifício escondido e silencioso,
a ti, que vens ao encontro de nós, pecadores,
te consagramos, neste dia,
todo nosso ser e todo nosso amor.

Consagramos-te também nossa vida,
nossos trabalhos, nossas alegrias,
nossas enfermidades e nossas dores.
Concede a paz, a justiça e a prosperidade a nossos povos.

Tudo o que temos e somos,
colocamos sob teus cuidados, Senhora e Mãe nossa.
Queremos ser totalmente teus e percorrer contigo
o caminho de plena fidelidade a jesus cristo em sua igreja.

Não nos soltes de tua mão amorosa.
Virgem de Guadalupe, mãe das Américas,
te pedimos por todos os bispos, para que conduzam os fiéis
por caminhos de intensa vida cristã,
de amor e de humilde serviço a Deus e às almas.

Contempla esta imensa messe e intercede
para que o senhor infunda fome de santidade
em todo o povo de Deus
e envie abundantes vocações sacerdotais e religiosas,
fortes na fé e zelosas dispensadoras dos mistérios de Deus.

Concede aos nossos lares
a graça de amar e respeitar a vida que começa,
com o mesmo amor com que concebeste em teu seio
a vida do filho de Deus.

Virgem Santa Maria, Mãe do formoso amor,
protege nossas famílias,
para que estejam sempre muito unidas,
e abençoe a educação de nossos filhos.

Esperança nossa, lança-nos um olhar compassivo,
ensina-nos a procurar continuamente a Jesus e, se cairmos,
ajuda-nos a nos levantar, a nos voltarmos a Ele,
mediante a confissão de nossas culpas e pecados
no Sacramento da Penitência, que traz serenidade à nossa alma.

Nós te suplicamos para que nos concedas um grande amor
a todos os santos sacramentos,
que são as pegadas de teu Filho na Terra.

Assim, Mãe Santíssima, com a paz de Deus na consciência,
com nossos corações livres do mal e do ódio poderemos levar a todos
a verdadeira alegria e a verdadeira paz, que vem de teu Filho,
nosso Senhor Jesus Cristo, que com Deus Pai e com o Espírito Santo
vive e reina pelos séculos dos séculos. Amém!.

Áudio Oração de Nossa Senhora de Guadalupe:
clique em 'Ouvir no navegador' para reproduzir o áudio.

quarta-feira, 22 de abril de 2020

JMJ Adiada por um Ano e CNBB Lança Nota em Defesa da Vida e contra a Votação do STF em casos de Aborto por Zika Vírus


DOIS EVENTOS MUNDIAIS ADIADOS
JMJ e Encontro Mundial das Famílias foram Adiados por um Ano

A pandemia do coronavírus fez com que os organizadores de dois dos próximos grandes eventos da igreja reformulassem os seus planos. Em comunicado, a Sala de Imprensa da Santa Sé explica que "devido à atual situação sanitária e às suas consequências sobre a deslocação e agregação de jovens e famílias, o Santo Padre, junto com o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, decidiu adiar por um ano o próximo Encontro Mundial das Famílias, previsto para se realizar em Roma, em junho de 2021, e a próxima Jornada Mundial da Juventude, prevista para Lisboa, em agosto de 2022. Portanto, o Encontro Mundial das Famílias em Roma irá se realizar em junho de 2022, e a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, em agosto de 2023.

EM DEFESA DA VIDA: É TEMPO DE CUIDAR
Em plena crise de coronavírus, STF pauta discussão sobre o Aborto em casos de Zika Vírus

A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, porta-voz da Igreja Católica na sociedade brasileira, escreveu uma nota com o título “Em defesa da vida: É tempo de cuidar”. O documento, em sintonia com segmentos, instituições, homens e mulheres de boa vontade, convoca todos a defenderem a vida, contra o aborto, e se dirige publicamente, como o faz em carta pessoal, aos ministros do Supremo Tribunal Federal, para que eles defendam o dom inviolável da vida.

A nota é uma resposta ao fato de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter agendado para o próximo dia 24 de abril o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI 5581 –, que versa sobre a liberação do aborto em caso de Zika vírus. O julgamento tinha sido adiado em maio do ano passado após pressão de diversos movimentos pró-vida. A votação está prevista para acontecer de forma virtual.

A Entrega do Documento ao STF - A OAB Nacional e diversas entidades da sociedade civil organizada entregaram ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (20), o documento Pacto pela Vida e pelo Brasil, ressaltando a necessidade de união de todos os cidadãos, governos e Poderes da República para enfrentar a grave crise sanitária, econômica, social e política que vive o país. Além da Ordem, assinam o documento e participaram da entrega a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Comissão Arns, a Academia Brasileira de Ciência (ABC), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A entrega do documento ao STF ocorreu por meio de uma reunião virtual com o presidente da corte, ministro Dias Toffoli - Fonte: www.oab.org.br

A CNBB espera e conta que a Suprema Corte, pautada no respeito à inviolabilidade da vida, no horizonte da fidelidade moral e profissional jurídica, finalize esta inquietante pauta, fazendo valer a vida como dom e compromisso, na negação e criminalização do aborto, contribuindo ainda mais decisivamente nesta reconstrução da sociedade brasileira sobre os alicerces da justiça, do respeito incondicional à dignidade humana e na reorganização da vivência na Casa Comum, segundos os princípios e parâmetros da solidariedade.


Referências - Site VaticanNews:
https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2020-04/jmj-e-encontro-mundial-de-familias-adiados-por-um-ano.html
https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2020-04/presidncia-cnbb-publica-nota-defesa-da-vida.html

sábado, 11 de abril de 2020

Sexta-feira Santa: Deus transforma a Cruz em Expressão de Amor - Confira a Homilia do dia proferida pelo Padre Francisco

Foto Pe. Francisco proferindo a Homilia do dia

No dia 10 de Abril ocorreu a Celebração da Sexta-feira da Paixão, na Igreja Matriz da Paróquia Santa Rita de Cássia de Paraipaba. A mesma contou com Celebrante Pe. José Wilson (pároco) e concelabrada pelo o Pe. Francisco das Chagas (vigário) que proferia a Homilia do dia. Segue abaixo o texto da Homilia da Sexta-Feira Santa.

https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEidD4S68zdBuOqGxELLVhtSksrCQLAU5lYCKwmLw0ItGnEuKhy9km9jPLhT8Alqhpzz-MKJGBbKDZcRezisEV1A5ecHZrkRGR_6WS5uGD6JwyUzfotiv9dnXlP8jA9hkbEPx7VYfPGS7v9J3A9KRXEeKxkLltXXLhZVqONv_rECZbGrzn_yTTkODCCCwNs7=
Caríssimos irmãos e irmãs, a liturgia da Sexta-feira Santa nos coloca diante do grande Mistério de nossa fé cristã: A Cruz. O Crucificado. Uma Liturgia que à medida que é solene, é dramática. Altar desnudo, cruzes veladas, nenhum ornamento... Quase não há palavras para exprimir o estupendo mistério que celebramos: o eterno Filho, Deus santo, vivo e verdadeiro, nesta tarde sacratíssima, por nós se entregou ao Pai, em total obediência, até à morte, e morte de cruz! Para contemplar o mistério hoje celebrado, tomemos, então, com temor e tremor, as palavras da Epístola aos Hebreus, que escutamos.

“Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que sofreu”. Eis aqui uma realidade que jamais poderemos compreender totalmente! O Filho eterno, o Filho que viveu sempre na intimidade do Pai, o Filho infinitamente amado pelo Pai, no seu caminho neste mundo, aprendeu a descobrir, cada dia, a vontade do seu Pai e a ela obedecer! Mais ainda: esta obediência lhe custou lágrimas, o fez sofrer! Toda a existência do Senhor Jesus foi uma total dedicação ao Pai, uma absoluta entrega, no dia-a-dia, nas pequenas coisas… Jesus foi procurando e descobrindo a vontade do Pai nos acontecimentos, nas pessoas, nas Escrituras… e, pouco a pouco, foi percebendo que esta vontade ia levá-lo à cruz. E ele, nosso Salvador, “com forte clamor e lágrimas”, foi se entregando, se esvaziando, se abandonando…

A CRUCIFICAÇÃO DE JESUS

Na longa narrativa do Evangelho, contemplamos o Senhor sendo preso, no Horto das Oliveiras, por aquele batalhão liderado por Judas; vimos como é conduzido diante do sumo sacerdote Caifás e como, depois de ser interrogado, recebe uma bofetada injusta de um dos servos. Depois, na presença de Pilatos, o povo gritava: "Crucifica-o, crucifica-o!”. E imediatamente Jesus é flagelado e coroado de espinhos. Podemos nos perguntar: Por que tudo isso? Como pode o coração humano transportar tanta maldade. Todas aquelas pessoas envolvidas teriam motivos para maltratar tanto aquele homem ao ponto de matá-lo daquela forma? O Evangelho continua: Jesus carrega o lenho na presença das pessoas que Ele amava; é despojado das suas vestes e, aparentemente, também da sua dignidade; e no momento da Crucificação, o Senhor dirige angustiado estas palavras a Deus Pai: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" Perguntamo-nos novamente: por que a Cruz? Por que o Mestre, o Amor, é tratado desta maneira? Teria mesmo Deus abandonado seu Filho?

Embora só possamos compreendê-lo parcialmente, a Crucificação nos revela que onde parece haver apenas fraqueza, Deus manifesta o seu poder sem limites; onde vemos fracasso, derrota, incompreensão e ódio, precisamente aí Jesus revela o grande poder de Deus: o poder de transformar a Cruz em expressão de Amor. Esta lógica da fé é vista na passagem da primeira para a segunda leitura. Enquanto Isaías nos mostra que este rosto "não tinha aparência que agradasse. Era o mais desprezado e abandonado de todos", a Epístola aos Hebreus proclama que há "trono da graça, a fim de alcançar misericórdia". O grito de Cristo, Chiara Lubich, fundadora do movimento dos Focolares nos diz: “Neste grito, Deus abre um acesso privilegiado e intenso ao seu próprio mistério de Amor, no qual todo sofrimento humano adquire sentido e torna-se possível a unidade que Ele deseja”. Não dá irmãos para embora isolados em nossas casas, não ouvirmos o Grito da humanidade inteira. Quantas vítimas do condid-19, quantas vidas ceifadas, quantas famílias órfãs, quantos irmãos passando necessidade financeira, sofrendo os sintomas de ansiedade, depressão, quantos gritos de socorro, e muitas vezes pensamos: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste ?”.

A crucificação nos revela que onde parece haver apenas fraqueza, Deus manifesta o seu poder sem limites. Esta foi a experiência de um dos condenados que estavam ao lado de Cristo no Gólgota. O "bom ladrão" experimenta no seu maior fracasso  como a cruz de Jesus se torna o lugar poderoso em que sabe que é perdoado e amado: “Hoje estarás comigo no Paraíso”. Vejamos o que Jesus nos ensina em meio a tanta dor, na Cruz, ouvimos ser pronunciada a palavra ‘Paraíso'.

A CRUZ É O SINAL CONCRETO DO AMOR DE DEUS

Foto Pe. Wilson em saudação a Santa Cruz

A Cruz transforma-se de instrumento de tortura, violência e desprezo em meio de salvação, um símbolo de esperança, pois tornou-se manifestação do amor gratuito e misericordioso de Deus, que se faz presente para nós de modo eminentemente eficaz nos sacramentos. Se professarmos do nosso Calvário diário, o Paraíso, se soubermos transformar o fardo do isolamento, as lamentações, as murmurações em sinal de esperança, reconheceremos com Cristo ao mistério de Amor. Por isso, convido vocês a experimentar o poder transformador do Amor de Deus, que na Cruz abraça a fraqueza e enche-a de esperança. Tornar nosso o símbolo da cruz significa ser, onde estivermos, um sinal concreto do amor de Deus. Em nossas famílias, em nossas amizades, todos nós podemos ser um sinal concreto de esperança.

Sabemos que tudo isso logo vai passar, e quando voltarmos a nos reunir, a celebrarmos juntos, a nos abraçarmos, que não deixemos de procurar a misericórdia divina na confissão; não poupemos esforços para participar frequentemente da Eucaristia, e por ela nos comprometermos com Cristo e sua Igreja. O outro ladrão não soube reconhecer a Cristo. Como os demais ali presentes, preferiu insultá-lo, blasfemá-lo. As vezes corremos esse risco, de estarmos ao lado do Senhor e não deixarmos ser amados e tocados por Ele.

Hoje não teremos o rito do beijo da santa cruz como fazemos toda celebração da Sexta-feira Santa. Mas teremos sim um momento de adoração. Quando preparava esta homilia, recebi uma mensagem de alguém perguntando justamente por que a Igreja usa o termo ‘Adoração da Cruz’, se a cruz é uma imagem, e assim estaríamos adorando imagens. Como esta pessoa, talvez haja tantas outras com a mesma dúvida. Nós adoramos a Santa Cruz porque ela foi o madeiro no qual o próprio Deus feito homem retirou a maldição do pecado que pesava sobre nós. A cruz era sinal de maldição, suplicio dos culpados e grandes marginais da sociedade. A família que tivesse um membro condenado a crucificação, toda ela era submetida à exclusão e ninguém mais andava naquela casa, porque aquele que morreu na cruz era considerado um amaldiçoado.

Cristo quis transformar esse sinal de maldição em sinal de benção. Mas, contudo, para entender melhor por que adoramos a Santa Cruz é preciso que compreendamos uma realidade: cada coisa contêm um significado. Por exemplo: beijar uma pessoa tem vários significados quando realizado em diversas circunstâncias. Uma criança que dá um beijo na sua mãe quer significar todo o carinho e agradecimento que sente por ela; duas pessoas que se dão os dois beijinhos sociais quando se reencontram, não querem significar mais que o prazer que sentem em celebrar dessa maneira ritual o fato de estarem juntas; dois namorados que se beijam querem expressar o amor que sentem mutuamente. Enfim, um beijo pode significar muito! No caso do beijo à Santa Cruz, trata-se de um beijo que se pode interpretar em relação a outro beijo, aquele que nós sacerdotes damos ao altar todos os dias ao começar e ao terminar a Santa Missa, que é um beijo cheio de amor, de respeito, de veneração, por exemplo.  Também é preciso que entendamos esse significado em relação à nossa capacidade de captá-lo e de dar significação aos nossos gestos. Portanto, ao adorar, ao beijar a santa cruz, estamos a olhar para o Crucificado e contemplar a nossa esperança. O nosso Salvador.

Não adoramos, no entanto, a materialidade da Cruz, mas tudo o que ela significa: Cristo crucificado nela, nosso único Senhor e Salvador. Esse contato com a Santa Cruz nesta sexta-feira santa deveria fazer com que pensássemos que estamos entrando em contato com o Mistério do Gólgota, estamos beijando o Senhor no ato central da nossa Redenção. Estamos aderindo-nos à Cruz, ao sofrimento, às afrontas, aos desprezos que Cristo sofre na Cruz. Beijar a Cruz e adorá-la significa entrar em contato com uma realidade muito exigente: pensemos no Cristo sofredor e glorioso e nos submetamos ao seu reinado.

Paradoxalmente, esse é um reinado que se manifesta de uma maneira que nos deixa um pouco confusos: um rei lastimado, derrotado, sem coroa a não a ser a de espinhos, sem vestes esplendorosas a não ser o manto de púrpura e de escárnio que depois lhe tiram, sem súditos a não ser Nossa Senhora e outras poucas pessoas que não se envergonharam e permaneceram fiéis. Longe de nós envergonharmo-nos na Cruz do Senhor. Nós aprendemos com o apóstolo São Paulo que Cristo crucificado é sabedoria e força de Deus para nós.

Na liturgia, rezamos: “Adoramos a vossa cruz, Senhor; louvamos e glorificamos a vossa santa ressurreição! Do madeiro da cruz veio a alegria no mundo inteiro”. A adoração da Santa Cruz é um gesto de fé e uma proclamação da vitória de Jesus. É também um gesto de esperança, que vem da experiência do poder transformador do amor de Deus.

Peçamos à Nossa Senhora que nos ajude também a estar perto da cruz, pois aí se revela a origem da esperança que, como cristãos, desejamos oferecer aos nossos contemporâneos.

Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.

sábado, 4 de abril de 2020

CNBB: Orientações para a Igreja Doméstica Celebrar o Domingo do Senhor e as Recomendações do DECRETO Em Tempo de Covid-19 para a Semana Santa 2020

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Neste Domingo, Domingo de Ramos, dia 5 de abril, a Igreja no mundo dará início à Semana Santa, que este ano vai ser diferente por causa da pandemia do coronavírus. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, por meio da Comissão Episcopal para a Liturgia, convoca os cristãos a celebrarem, em família, na Igreja Doméstica, as celebrações. Além, é claro, de poder acompanhar as missas transmitidas pelos veículos de comunicação de inspiração católica.

LITURGIA
COMISSÃO CNBB PROPÕE LITURGIA DOMINICAL

A Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB, preparou e divulgou um roteiro especial de Celebração da Palavra de Deus para este domingo, para ser feito em família, ajudando desta forma a vivência e prática da fé e da esperança. O material contam com leitura, salmo e Evangelho, preces e oração no tempo de fragilidade, além de invocação de bênção e sugestões de cantos.
- Preparando o Ambiente: Escolha em sua casa um local adequado para celebrar e rezar juntos. Prepare sua Bíblia com o texto a ser proclamado, um crucifixo, uma imagem ou ícone de Nossa Senhora, uma vela a ser acesa no momento da celebração. Escolha quem irá fazer o “Dirigente (D)” da celebração: pode ser o pai ou mãe e quem fará as leituras (L). Na letra (T) todos rezam ou cantam juntos. Obs.: a orientação anterior serve como auxílio para todos os domingos, a Liturgia Diária da editora Paulus, a letra D é PR de Presidente, e a letra T é AS de Assembleia. "Transformem a sua casa em igreja doméstica.", Papa Francisco.
- Domingo do Senhor: Sugestão de Material da Comissão para a Celebração da Palavra de Deus para ser feita em sua casa, com seus familiares no Domingo de Ramos: VISUALIZAR MATERIAL

SEMANA SANTA
DECRETO DA CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO DOS SACRAMENTOS

A Comissão para a Liturgia também disponibilizou a tradução do decreto da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos sobre as celebrações das próximas semanas, em especial da Semana Santa deste ano de 2020. O decreto, que pode ser baixado no link abaixo:
- DECRETO Em tempo de Covid-19 (II): VISUALIZAR DECRETO
No decreto informa as seguintes recomendações sobre a Semana Santa:
1 - Domingo de Ramos. O Memorial da Entrada do Senhor em Jerusalém é comemorado dentro do edifício sagrado; nas igrejas catedrais é adotada a segunda forma prevista pelo Missal Romano; nas igrejas paroquiais e em outros lugares, a terceira.
2 - Missa do Crisma. Ao avaliar o caso concreto nos vários países, as Conferências Episcopais poderão dar indicações sobre uma possível transferência para outra data.
3 - Quinta-feira Santa. O lava-pés, já opcional, é omitido. No final da Missa na Ceia do Senhor, a procissão também é omitida e o Santíssimo Sacramento é mantido no tabernáculo. Neste dia, os padres recebem excepcionalmente a faculdade de celebrar a missa, sem a participação popular, em um local adequado.
4 - Sexta-feira Santa. Na oração universal, os bispos cuidarão de preparar uma intenção especial para aqueles que se encontrarem em situação de perda, de doentes e de falecidos (cf. Missale Romanum). O ato de adoração na cruz através do beijo é limitado apenas ao celebrante.
5 - Vigília da Páscoa. Deve ser comemorada exclusivamente em catedrais e igrejas paroquiais. Para a liturgia batismal, permanece mantida apenas a renovação das promessas batismais (cf. Missale Romanum).
Para seminários e outras casas de formação, mosteiros e comunidades religiosas, serão seguidas as indicações deste Decreto.
As expressões da piedade popular e as procissões que enriquecem os dias da Semana Santa e do Tríduo Pascal, no julgamento do Bispo diocesano, podem ser transferidas para outros dias adequados, por exemplo, nos dias 14 e 15 de setembro.

VÍDEO MENSAGEM
Vídeo Mensagem da Irmã Maria Inês, Presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB)